sábado, 9 de maio de 2015

"Nem tanto ao mar nem tanto à terra"

Há alguns anos um ministro da Igreja Batista declarou: “Sabem, eu acho que perdemos tempo demais com a história de Adão e Eva e pensando ser o homem um miserável pecador, é como se tivéssemos esquecido totalmente de que há um outro relato no livro de Gênesis 1, onde Deus cria o homem à Sua imagem e semelhança.” (Cedars Camps) 
Concordo totalmente com isso pois a teologia escolástica influenciou muitíssimo a Igreja Católica Medieval e as suas filhas da Reforma Protestante que pouco fizeram para reformar o conceito medieval de "pecadores que necessitam apaziguar um Deus que só vive mal humorado e zangado com o ser humano. Insatisfeito com todo o esforço que se faça. Um Deus insaciável, irascível e que sente um mórbido prazer em ver pecadores agonizando tanto na terra como no inferno de fogo e que se nega a ver que Ele é o causador do pecado pois Ele predestinou, de acordo com a teologia agostiniana confirmada pelo "reformador" protestante João Calvino, os seres humanos a pecarem e a irem para o inferno para pagar por atos que não tinham como deixar de praticar devido a uma vontade soberana mesquinha e déspota. Ora, como Ele pode ser tão hipócrita em punir os homens por fazerem o que Ele os predestinou a fazer!". 
Acho INACEITÁVEL a imagem de Deus e do ser humano apregoada pelo catolicismo e protestantismo. Por isso vimos e vemos aí tantos espertalhões como os cobradores de indulgências papais da era medieval (e os atuais como os "padres-estrelas") e os pregadores da teologia da prosperidade que se aproveitam tanto da miséria espiritual que incentivam bem como do olho grande daqueles que querem sair do seu desespero material e espiritual de qualquer maneira, como se Deus fosse obrigado a sujeitar-se aos seus caprichos egoístas. Sim, "nem tanto ao mar nem tanto à terra". 
Nem teologia da prosperidade nem teologia da miséria!

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