domingo, 27 de outubro de 2013

Versões da Bíblia em português precisam ser claras e inteligíveis.

Sinceramente não sei por que há um "endeusamento" da versão ARA. Alguém entende por acaso o significado de "chocarrices", "arganaz", "impudicícia", "olhos baços", "cicio", "olvidaste", "irrisão", "encarquilhado", "bufões", "excogitar", "necedade", "enxárcias", "improperar", "perscrutar" e etc...... Essas palavras aparecem na versão da ARA!!!!! Uma versão que teve sua última revisão em 1993 usando esse tipo de vocabulário???? Além disso o estilo do português utilizado não é o modo mais natural do brasileiro falar, pois o estilo é erudito (um erudito arcaico ainda por cima) mas as pessoas que frequentam uma igreja na sua maioria não o são. Isso parece ter saído de um museu... Sinceramente é o simples prazer de preservar uma tradição ao invés de promover o entendimento claro e preciso da Palavra de Deus dizer que essa versão ARA é boa. Em muitos casos ela é mais arcaica ainda do que a ARC. Pelo amor de Deus gente!!! Aliás a ARA nunca fez jus ao seu nome de "Atualizada". Pra quê ficar praticando museologia na igreja???? Felizmente a ARA está sendo revisada pela SBB - Sociedade Bíblica do Brasil. Vamos ver se vai ficar igual ao que fizeram em 1993 preservando um monte de "museu" dentro da Bíblia, desnecessário e inútil. Não consegui entender até hoje o porque de preservar um estilo tão antiquado pois em 1993 ninguém se expressava do jeito que esta versão "fala". Por isso que a NVI e a A21 cada vez mais estão tomando o mercado e caindo no gosto das pessoas porque estas dá pra se entender e não são tão excessivamente livres como a NTLH ou NBV. O grego usado no Novo Testamento não era o clássico mas sim o coiné, o comum, o que o povo falava nas ruas. Porque traduzir de um jeito erudito ultraconservador quando o original não é assim? Não dá pra entender...
 
Traduções da Bíblia que pessoalmente recomendo são:

Para estudo aprofundado numa linguagem moderna e atual e não em estilo de paráfrase:
  • Almeida Século 21
  • Nova Versão Internacional
  • CNBB (melhor versão católica em português. Linguagem moderna e dinâmica)
Para leitura devocional:
  • Nova Bíblia Viva: É excelente e bem fiel ao original diferentemente da edição antiga.
  • Nova Tradução na Linguagem de Hoje: Melhor na edição "Livro dos Livros", da SBB, que não contém divisão e nem numeração de capítulos e versículos. O texto está separado por conjuntos de parágrafos transmitindo assim a continuidade das ideias expressas pelos escritores inspirados semelhante aos escritos originais. As cartas do apóstolo Paulo ficaram ótimas e fáceis de se entender os assuntos explanados por ele.
Bíblias de Estudo:
  • Bíblia de Estudo Palavras-Chave: Analisa as palavras gregas e hebraicas chave de cada versículo através de códigos numéricos que remetem o leitor ao Dicionário hebraico-grego com as definições elaboradas por James Strong atualizadas pela AMG Publishers. Apesar de se basear na Almeida Revista e Corrigida uma versão bastante literal mas serve bem aos propósitos desse tipo de estudo)
  • Bíblia de Estudo John MacArthur: Uma das melhores e com notas comentadas bem completas. Como estudioso reformado que ele é produziu uma obra sem concorrente.
  • Bíblia de Estudo NVI: Suas notas são mais neutras em sentido teológico e doutrinário e são muito úteis.
  • Bíblia de Estudo Dake: Uma bíblia de estudo exaustiva e bastante detalhada uma verdadeira enciclopédia. As listas exaustivas de assuntos bíblicos tratados são excelentes. Embora seja encarada como polêmica por causa de algumas de suas notas ela deve ser usada por ser muito útil, embora com a devida cautela e senso crítico. O autor era pentecostal mas advogou ideias, em suas notas, que fogem da interpretação considerada como ortodoxa por este grupo.
 
Abreviaturas usadas:
ARA - Almeida Revista e Atualizada
ARC - Almeida Revista e Corrigida
NVI - Nova Versão Internacional
A21 - Almeida Século 21
NTLH - Nova Tradução na Linguagem de Hoje
NBV - Nova Bíblia Viva

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